domingo, 29 de julho de 2012

A Noite Sem Fim


Copacabana é um palco
A noite vai nos chamando
O instinto é mais forte que o corpo
Para a praia vamos rumando

A jornada cansa os fracos
Que não sabem como viver
Os ousados saem de casa
Tentando assim crescer

A juventude bem aproveitada
Não será expressa em uma ruga
Pois a idade está no espírito
Prova disso é o Seu Madruga

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

O violão gargalha na noite
Os sons saem como convém
As vezes nos conta histórias
De quem veio do além

Alguns arcos marcam um ponto
De uma cidade cosmopolita
Onde os mais diferentes seres
A deixam mais bonita

O peso na consciência
E ao mesmo tempo tão normal
O conforto da emoção
Deixando tudo irreal

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

A loucura de um morro
A subida na escadaria
O momento eternizado
Gravado na fotografia

Gente de todo o tipo
Disputando o mesmo espaço
E a segurança sentida
No conforto de um abraço

A noite brinda conosco
Tanto caminhos cruzados
Momentos inesquecíveis
Sem dúvida imortalizados

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

O gringo se perde na lapa
O espetinho mata a fome
O relógio é esquecido
Na noite que nos consome

O tempo é esquecido
Na noite que nos consome

E os sonhos são vividos
Na noite que nos consome

3 comentários:

  1. Acho que as duas últimas estrofes resumem bem a filosofia de vida carioca.

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  2. PS: O 'Seu Madruga' foi um morador de rua que encontramos lá, e tocou uma música com um trecho que dizia: 'Eu vim do além'

    Só pra ficar com mais sentido umas estrofes.

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    1. E eu pensando que era o Seu Madruga do Chaves e a música era aquela do "se você é jovem ainda, jovem ainda, amanhã velho será, velho será"...

      Mas essa música do além também deve ter sido muito boa.

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