terça-feira, 31 de julho de 2012

Raulzito

Sabem o cara que sempre é lembrado?
Que em todas as festas é chamado?
O rei do rock nacional
Que fica “À beira do Pantanal”

Uma cabeça sempre ativa
Vivendo uma “Sociedade Alternativa”
O “Maluco Beleza” foi lendário
Teve sua glória e seu calvário

O “Carpinteiro do Universo”
Fez história com seus versos
Guiou os passos de uma geração
Que vendia a “Vida a prestação”

Espero o “Trem das sete”
Com um “Chorinho inconsequente”
Não quero a cabeça cortada outra vez
Estou na “Linha 743”

E o “Alcapone” queria ser rei
Mas era apenas um “Cowboy fora da lei”
Quando vai parar de enrolação?
E dizer – “Não quero mais andar na contramão”?

Se “Eu nasci há dez mil anos atrás”
Acho que posso ter um pouco de paz
As vezes parece impossível
Aí recorro ao “Pastor João e a Igreja Invisível”

No meu “Check-up” tudo certo
Apesar do fim estar perto
Um “Canto para minha morte” vou preparar
Pois sou apenas um “Canceriano sem lar”

O “Carimbador maluco” vai autorizando
E o “sapato 36” vai me apertando
Você sabe que “Eu sou egoísta”
Então por favor “Não pare na pista”

Deixamos de hipocrisia
Afinal, “Como vovó já dizia”
Quem ganha com rolo
Tem “Ouro de Tolo”

Lua errante


O erro foi feito
Não posso negar
Espero que você
Possa me perdoar

As falhas acontecem
Somos seres errantes
Mas farei de tudo
Para ser como antes

Pois como a lua murcha
Uma vez por mês
Tem uma nova chance
E fica cheia outra vez.

domingo, 29 de julho de 2012

A Noite Sem Fim


Copacabana é um palco
A noite vai nos chamando
O instinto é mais forte que o corpo
Para a praia vamos rumando

A jornada cansa os fracos
Que não sabem como viver
Os ousados saem de casa
Tentando assim crescer

A juventude bem aproveitada
Não será expressa em uma ruga
Pois a idade está no espírito
Prova disso é o Seu Madruga

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

O violão gargalha na noite
Os sons saem como convém
As vezes nos conta histórias
De quem veio do além

Alguns arcos marcam um ponto
De uma cidade cosmopolita
Onde os mais diferentes seres
A deixam mais bonita

O peso na consciência
E ao mesmo tempo tão normal
O conforto da emoção
Deixando tudo irreal

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

A loucura de um morro
A subida na escadaria
O momento eternizado
Gravado na fotografia

Gente de todo o tipo
Disputando o mesmo espaço
E a segurança sentida
No conforto de um abraço

A noite brinda conosco
Tanto caminhos cruzados
Momentos inesquecíveis
Sem dúvida imortalizados

O sorriso estampado no rosto
As ondas quebrando no mar
A Lua nos prometendo
Que a noite não iria acabar!

O gringo se perde na lapa
O espetinho mata a fome
O relógio é esquecido
Na noite que nos consome

O tempo é esquecido
Na noite que nos consome

E os sonhos são vividos
Na noite que nos consome

sábado, 28 de julho de 2012

Inverno Quente


O filme com cobertor
Uma companhia nos esquentando
O chocolate quente
O frio que está chegando

Para quem acorda cedo
Vê um amanhecer com geada
O bom do inverno
A companhia da namorada

A respiração gelada
Um abraço quente
O frio está lá fora
O calor no coração da gente!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Psicopata


Entrou no cinema
Largou a bomba
Atirou na plateia
Coisa de americano
Perderam o Batman
Bem na estreia

Na loja compra um rifle
Traz uma pistola do shopping
Na internet compra munição
Enche o quarto de bomba
O que alguém assim pensa?
O que tem no coração?! 

Não foi só no filme
Na escola também
Matando quem encontrava
Atirando ao além
Mas a pergunta é
‘O que lhe perturbava?’
E perturbava outro alguém?!


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mestres

Há pessoas que se superam
Ganham sua fama por serem gênios
E tem seus nomes eternizados
Serão lembrados por milênios

A arte mágica do ilusionismo
Modificou-se com Houdini
A insanidade virou um Codéx
Por Luigi Serafini

O mundo ganhou os ares
Dumont mostrou o avião
Enquanto Shakespeare se perguntava
Se ser ou não ser era a questão!

Muitos nem os conhecem
Não sabem suas revoluções
E sua importância de molde
Para os atuais padrões

Compreender grandes mentes
E o que fizeram na história
Auxilia na percepção
Pro caminho da glória!

O maior problema da humanidade
Não é uma doença sem cura
É apenas a preguiça
De ter mais cultura!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Viagem estelar


Vejo um universo interminável
Indo muito além de onde a vista alcança
Vejo um planeta onde tudo se termina
Comida, água, compaixão
Acabará também a esperança?


A percepção do fim é difícil
Vivem como se tudo fosse abundância
Mas a única coisa interminável do planeta
O humano guarda dentro de si
É a própria ignorância!


Busco nas estrelas algum sinal
Uma resposta, uma chave
E essa luz que brilha no céu?
- Hey! Me leve com você
- Deixa eu voar na sua nave!

Voei pelas galáxias distantes
O taxista era de outra cor
Conheci lugares fantásticos
Mesmo que ninguém acredite
Eu viajei de disco-voador

Cinturão de Órion foi uma parada
Um piquenique estelar
Com sanduíche de saturno
Frutas intergalácticas
E um suco elementar

Encontrei a Enterprise
E o Spock era seu capitão
Como em um conto nostálgico
Cumprimentou-me separando os dedos
E levantando sua mão

De volta a terra trago ensinamentos
De experiências interplanetárias
Onde os evoluídos de aparência estranha
Discutem por questões morais
E esquecem as monetárias

Para quem não viaja muito
Não tem um espirito aventureiro
Basta pegar sua toalha
E nunca esquecer
Do Guia do Mochileiro!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Um Quase-soneto de Mistérios


Tantos segredos não revelados
Tantas histórias não esclarecidas
Tantos casos curiosos
Tantas lendas distorcidas

Qual seria a real explicação
Para fatos tão intrigantes
E seria eu o único
A acha-los fascinantes?

A ponte de cães suicidas
O castelo de caracol
Os desenhos nas plantações

O Codex Seraphinianus
O calendário Maia
As grandes civilizações

Fatos incompletos
Onde sobram dúvidas
E faltam explicações

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ela


A viu passar outro dia
Estava a observando da janela
Convidou-a para entrar
Preparou jantar a luz de velas
Tentou convencer no talento
Entendia-se com as panelas
Tentou não ligar a TV
Mas a moça queria ver a novela
Quis ser generoso
Lembrou-se de Mandela
Irritou-se um pouco
Preparou chá de marcela
O gosto não agradava
Colocou raspas de canela
A menina na outra sala
Não desgrudava da tela
Tentava não conversar
Brincava com a cadela
Foi quando ele percebeu
Que a moça era banguela!
Perdeu o encanto
Não havia nem simpatia singela
Mando-a embora
E comeu um pão com mortadela!

domingo, 22 de julho de 2012

Distâncias


A linha tênue
Entre o sentimento
E o coração
O abismo imenso
Entre amor
E paixão

A linha tênue
Entre o conhecimento
E a informação
O abismo imenso
Entre estar certo
E ter razão

A linha tênue
Entre querer
E poder
O abismo imenso
Entre ganhar
E vencer

A linha tênue
Entre o que é
E o que pode ser
O abismo imenso
Entre ter
E merecer

sábado, 21 de julho de 2012

O suspeito


O sujeito parado
Um ‘suspeito’ no peito
A desconfiança rondando
Quem é o sujeito?

Mal sabem que ele
Está apenas pensando
Escorado no poste
Seu cigarro fumando

Pensar parado ajuda
Facilita o raciocínio
E aqueles que pensam
Impõem seu domínio

Por isso tem que andar
- Circulando! Circulando!
Se ninguém parar pra pensar
Dá pra continuar roubando

Se ninguém parar pra pensar
Dá pra continuar enganando

Se ninguém parar pra pensar
Dá pra continuar se candidatando

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Caixa hipnótica


Uma caixa bacana
Hipnotismo e controle mental
Cansou desse programa?
É só trocar de canal
Novela com choro e drama
Transmissão ao vivo do carnaval

Tem assunto no salão
Pouco importa a cultura
O cérebro em decomposição
Sem o prazer da leitura
Vidrado na televisão
Com a cabeça-dura

Controlam o assunto
Ditam a nova tendência
As vezes um defunto
Vítima da violência
E a propaganda do presunto
Preocupada com a concorrência

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Inverno no Sul


O minuano corta
Um pala eu busco
Aqui no sul falamos
‘Frio de renguear cusco’

O chimarrão ajuda
Água quente nos aquece
Quem ceva a tradição
Do frio até esquece

A manhã escondida
Tapada pela neblina
Completa o cenário
Estranha a rotina

Campos estão brancos
O pampa vai mudando
As mentes também
Outro inverno chegando

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Inteligência no Cosmos


Por milhares de anos
Civilizações acreditaram
Em outra raça inteligente
Porém a Igreja
Impôs que todos
Pensassem diferente

Somos mesmo os únicos
Seres pensantes a habitar
Este vasto universo?
Somos mesmo os únicos
Seres pensantes
A compor versos?

Não precisam ser verdes
Voar em disco voador
Terem pernas ou braços
Mas em toda a imensidão
Não haver inteligência
É desperdício de espaço

Analisado a situação
Do homem no planeta
Com destruição e guerras
Fico me questionando
Se realmente existe
Vida inteligente na Terra!

terça-feira, 17 de julho de 2012

A balada do amor abalado!


Isso realmente importa?
É mesmo necessário?
Depois de tanto tempo
Depois de tanta história
Mais parece um calvário

Não sei como parar
Não sei como será após
Talvez seja a comodidade
Talvez seja qualquer coisa
Que exista entre nós

Seu teatro é cansativo
Vejo muito drama
Esquece do que importa
Esquece de valorizar
Quem realmente te ama!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Amanita muscaria


O cogumelo era laranja
Tinha gosto de mel
Comprava passagem
Para ir pro céu

 Júpiter foi pequeno
A galáxia era um mapa
Quem foi que disse
Que um chá não chapa?

domingo, 15 de julho de 2012

Lunáticos Anarquistas

Um sonho existe
Desde os primórdios
Esteve presente
Cresceu conosco
Buscando apenas
Um mundo diferente

A ideia tão viva
Nos planos
Tudo tão fantástico
Porém quem a possui
Leva o rótulo
De lunático

Uma incógnita gigante
Sem a certeza
De uma possível glória
Apenas com a esperança
De um dia
Entrar para a história

A ideia é utópica
Mais parece uma raiz
Crescida da Filosofia
Porém brota das entranhas
A chamamos de Anarquia!

sábado, 14 de julho de 2012

Pensamentos de banho


O cérebro vivo
A cabeça pensativa
O crânio útil
A mente ativa
O reggae bate
Com a ideia nativa

O raciocínio lento
O raciocínio ligeiro
A cabeça repousa
Sem um travesseiro
A resposta cai na água
Que corre no chuveiro

O pensamento flui
Divagando no além
Oras sozinho
Outrora com alguém
A água vai refrescando
E purificando também

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Atração natural


A atração natural
Da cerveja
Com a rapaziada
Da coca-cola
No lanche
Da Vodka
Na noitada

A atração natural
De um sorriso
Ao ver uma criança
Do abraço
Ao encontrar um amigo
Da tristeza
Ao perder a esperança

A atração natural
De um sermão
Ao atraso
De uma bronca
À bagunça
Da sorte
Ao acaso

A atração natural
Da preguiça
Em cada segunda
Da festa
Em cada sexta
Dos olhos tarados
Pra cada bunda

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nonsense



Eu,
Você
E eles
Temos
Alguma
Ligação?
Além
Desta
Coluna
De
Letras
Sem
Alguma
Emoção?

A
Loucura
Tem
Limite
Ou
Causa
Dano?
O
Poema
Deve
Ter
Sentido
Ou
Pode
Ser
Insano?

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eleitor ignorante


         Nada faz sentido
A critica perdeu a razão
Sabem que é o estado
Que está acabando com a nação
Em quatro anos se repete
Como uma grande ilusão

O povo assiste calado
Se indignam mas ficam mudos
Pros amigos se revoltam
Mas votam em vagabundos
Nos representam sem nem ler
Não precisam ter canudos

Os resultados não aparecem
Mas sempre é assim
Com a campanha surgem obras
Com o mandato já no fim
As eleições são uma fraude
Como um tiro de festim

terça-feira, 10 de julho de 2012

A morte


O final está vindo
Seu encontro é inevitável
Talvez cedo
Talvez tarde
Pode doer
Pode ser confortável?

A tosse
A tuberculose
O câncer
A necrose

A bala perdida
A cabeça encontrada
Uma vida perdida
Uma bala mal usada

Seria uma opção?
Tomar algum remédio?
Ingerir em excesso
Para fugir do tédio?

Como virá a morte?
Com sua foice?
Encapuzada?
Em uma doença terminal?
Em um tombo na calçada?

Sem escolha de modo
Sem fuga possível
Sem temor precoce
Sem data previsível

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mais um café



Mais uma xícara de café
Outra madrugada acordado
O pensamento preocupado
Me mantém em pé

Varo a noite pensando
Lá fora chovendo
Eu aqui escrevendo
O tempo passando

A cidade dorme agora
O sono não aparece
A mente padece
Querendo ir embora

Fugindo da escuridão
Mais uma noite ruim
Outro café está no fim
Problema sem solução!

domingo, 8 de julho de 2012

Escritos da Noite


A Noite é minha companheira
A insônia motiva escrever
Um poema sem ideia
É algo para fazer

Talvez não dê em nada
Talvez seja lendário
Palavras são dispostas
Como em um dicionário

O sentido não importa
Mas sim ter algo escrito
O resultado é contraditório
Para uns feio, para outros bonito

A sinceridade é clara
Brotada da inexperiência
Um enxerto bem feito
Como um ramo da ciência

Não é preciso ter talento
Para um papel rabiscar
Basta uma noite sem sono
Para algo resultar

As palavras se encaixam
Vem à cabeça como um grito
Sem perceber o trabalho
Há outro poema escrito

sábado, 7 de julho de 2012

O tédio!


 O tédio
Do sábio
O tédio
Do pensante
O tédio
De quem vê
O mundo ignorante

O tédio
De quem lê
O tédio
Do interessado
O tédio
De quem vê
O mundo alienado

O tédio
Do Sapiente
O tédio
Do normal
O tédio
De quem vê
O mundo irracional 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Julgamento


Seu julgamento é hipócrita
Cria rótulos sem pensar
Condena quem bem entende
Sem ao menos analisar

Acha que sabe o que faço
Simplesmente me olhando
Fala coisas idiotas
E acredita estar agradando

Sou velho por ouvir Blues
Sou maconheiro por ouvir reggae
Sou do mal por ouvir rock
Você pensa isso, não negue!

Está na hora de parar
E ver que isso não importa
Ouço a música que quero
Não me olhe de cara torta

O poema ficou ruim
Mas isso não vem ao caso
Sua opinião fracassada
Eu jogo dentro do vaso....

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vazio

A Utopia do sucesso
Lapidada em linhas tortas
Revela a solidão

Os versos mal montados
O Tetris mal encaixado
Pela triste decepção

O sentimento não é claro
Apenas um vazio
Presente no coração!

Arranjo das Palavras



O
Arranjo
Das palavras
Pode definir o texto?
Pode atrair o leitor?
Sem ter outro pretexto?

O
Arranjo
Das palavras
Pode acender uma paixão?
Pode despertar algo?
Fazer bater um coração?

O
Arranjo
Das palavras
Pode mudar os sentidos?
Pode reviver sentimentos?
Que estavam adormecidos?

O
Arranjo
Das palavras
É só um texto disposto,
Com o poder de colocar
Um sorriso em seu rosto!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Afastamento


Das incertezas que tenho
A saudade é a que mais me preocupa
Não quero te deixar triste
Mas se não der,  desculpa!

Cidades já nos separaram
Mas agora é outro país
Saiba que mesmo longe
Vou fazer você feliz

Mesmo que não nos vejamos
Meu coração contigo estará
E o amor que hoje sentimos
Jamais mudará

Te levarei em pensamento
Continuarei sendo romântico
Não importa se ente nós
Estiver o Oceano Atlântico

Altos e Baixos


Está sentindo?
Tem algo nos puxando
Não é a gravidade
Mas estou afundando
É areia movediça?
É um ralo da vida?
Será o último suspiro?
Será a despedida?

Está sentindo de novo?
Tem algo nos puxando
Não possuo asas
Mas estou voando!
É um anjo quem me puxa?
Da onde veio o impulso?
Estou perto de céu
Nas nuvens, meio avulso!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tempo bom

Sinto a brisa nos refrescando
Sinto a música nos levando
Sinto a boa energia
A todos contagiando


Quantas histórias são feitas
Em momentos singulares?
Em carinhos trocados
Transmitidos por olhares?

                                                                       
                                                                                  O desejo é mutuo
                                                                                     E o medo também
                                                                                     Como a certeza de querer
                                                                                    Ter pra si outro alguém


                                                                                     Não há porque se arrepender
                                                                                      De algo que te deixou feliz
                                                                                     E ficará marcado pra sempre
                                                                                      Feito uma cicatriz!