quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Imaginação pt. 2


Vocês devem saber daquela história
De valentia e glória
De um louco cavaleiro
E seu fiel escudeiro

Ela não foi tão simples assim,
E pela força do imaginário
Alterou-se o itinerário
E a história teve outro fim.

Pois o tal do Sancho Pança
Dentre suas antigas andanças
Viu desde cobras a leões
Homem correto e bondoso
Sabia que seria perigoso
Mas deveria salvar os dragões

Sabendo que o cavaleiro era forte
Demostrou toda sua ternura
Em um ato de bravura
Convenceu Don Quixote

E de cima de seu jumento
Foi dando argumentos
Que aqueles fortes dragões
Não passavam de imaginações, 
Eram apenas moinhos de ventos.

Imaginação pt. 1


O que dizer daquela criança
Correndo para lá e para cá
pulando de sofá em sofá
Sem poder tocar o chão
Sabendo que ali há um tubarão.
Quanto real é a imaginação?

O que dizer daquele jovem
Que se mantem sempre sonhador
Na esperança de encontrar o amor
Quebrando e colando o coração
Insistente e frustrado a cada não.
Quanto grande é a imaginação?

O que dizer daquele adulto
Que sempre vai dedicado ao trabalho
Para ganhar quase nada de salário
Que ouve todos os dias um sermão
Sabendo que o problema é o próprio patrão
E mesmo assim se mantém na situação.
Quanto forte é a imaginação?

O que dizer daquele senhor
Que traz no rosto o conhecimento
Um aprendizado a cada momento
Que batalhou uma vida inteira
E agora está preso à uma cadeira
Que vê o progresso dos filhos com emoção
Mas de sua própria juventude abriu mão.
Quanto ilusória é a imaginação?

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Centelhas de Esperança

Bem aventurados sejam aqueles
Que ainda têm esperança
Que fazem o 'mundo melhor'
Não ser um sonho de criança

Gratidão à bondade sincera
Dos que têm atitude
Que não ficam parados
Esperando que o mundo mude

Toda realização aos que sonham
Que indignam-se diante da injustiça
Que tem o amor ao próximo
Mais forte que a cobiça

Nos brilho dos olhos reconhecemos
Quem busca fazer o bem
E nesta mesma sintonia
Nos encorajamos também

Aos que tentam nos desanimar
E abafar nossa voz
Não serão eles a mudar o mundo...
Certamente seremos nós!